Outro Tempo

Porque às vezes mais não é suficiente

domingo, julho 22, 2007

 
31º.

O Espaço do Tempo

quarta-feira, julho 18, 2007

 
30º.

Estou sem cigarros e sem paciência. Estou com o stress do blog. Já não escreves há quinze dias, devias escrever, estás com a preguiça, não me sai nada. Esse tipo de coisa. Angústia do guarda-redes no momento do penalti, ou o palombela rossa e mais um eterno penalti e o dr. Givago. Não tão belo quanto à loura no eléctrico. Aquele anti-climax que só sabemos que é anti-climax quando acontece o clímax efectivamente. Tenho de ir buscar cigarros.

Agora tenho cigarros e vou construir de paciência. Usar a erosão para moldar o texto. Os elementos enquanto elementos da prosa. Vento água e o puro cansaço das coisas, mesmo das sólidas. Vou pôr o texto a secar na corda da roupa, entre lençóis e t-shirts, esperar dele o sol e o balanço. Escrever no ritmo do secar da barrela.

Outro Tempo anda a sair lento. Como se se apoderasse de mim o alongar de estranhas esperas, ou uma imobilidade de ver. Na paragem do eléctrico. A velocidade dispare do eu e do mundo. A decalage. Ler para ser sábio, está escrito no muro da escola. A minha primeira escola. O saber não ocupa lugar. Um manual verde daquela altura. Tenho de ir buscar paciência.

Tem paciência poeta
Que há-de voltar o verso
Pela cauda do cometa
Do meio do universo

Faz um tapete entretanto
No tear do abandono
Enquanto cantas o canto
Enquanto sonhas o sonho

Quando tiveres o tapete
Faz-de-conta que ele voa
E senta-te nele e voa

Vai voar que é coisa boa
E surge o verso de repente
E surgem dois rapidamente

Aos começos!

Tardiamente chegam até mim os rumores de um fim. Outros caminhos se fecham e por eles galgam novos. Na catadupa dos dias enxurradas de passado, lodo novo para as ceifas devorarem. Fica o restolho, e esse depois arde. E no fumo vemos as plantas do futuro. Tanta coisa acaba todo o dia se acabam coisas; não quero é ver o fim de todas as coisas. Aos começos!


Interlúdio Romântico

O meu blog-gémeo fez dois anos dia 12. Esqueci-me.

Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa como uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.”
Fernando Álvaro Pessoa de Campos

Fim D’hoje

Há dias assim, dias de rádio, irradiantes; que rebrilham no brilho antracite dos óculos de sol. Dias de toca e coito, de abrigo e escuro. Sombra, negra e pesada sombra, para abafar o brilho do dia, o ruído do rádio; o assim-assim da vida.

Adenda

Dorme por mim, anda amor
Faz-me o favor de dormir por mim
Que não fecho os olhos de tanto te ver
Fazes-me falta ao adormecer

Adenda 2

O chá de eucalipto seria possível sem o guardanapo de papel?
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Adenda 3
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maistempo.blogspot.com

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