Outro Tempo

Porque às vezes mais não é suficiente

quinta-feira, novembro 29, 2007

 
e)

Do capítulo da ausência
Dos rastos mudos
Da mudez capital como as penas
Finais
Absolutas

No não poder dizer
Ou dizer a equivocada linha
Silenciar uma voz
Que não há
Que se foi porque tinha de ir
Já não servia
Já não dizia o sentido do ser

Do capítulo da constância
Espassa-se o uso
Pena-se saudades
Da diária letra
A amizade sem mão dada
Aqui
Onde é fundamental dá-la
Mesmo que a negue o tacto
A distância eléctrica
O zero e o um

Do capitulo do retorno
Será que houve ir?
Permaneceu o monte da letra
Escrita permanente
Queria voltar?
Será que saí?

Sabia de uma solidão menor
Se o mundo tremesse lá fora
Dos frios habituais

Do capitulo dela
Quem sabe do destino
Profeta apóstolo ou outro
Sabe que ele não está nas cartas
Mas como se jogam
Ou como se escrevem

Ler a entrelinha
Ouvir a pausa

O sol de Inverno perfura a nuvem
O frio costurado em mechas
Só ligeiramente quentes
Intensamente doces

Archives

fevereiro 2007   março 2007   abril 2007   maio 2007   junho 2007   julho 2007   agosto 2007   setembro 2007   outubro 2007   novembro 2007   dezembro 2007   janeiro 2008   fevereiro 2008   março 2008   abril 2008   maio 2008   setembro 2008   novembro 2008   dezembro 2008   fevereiro 2009   abril 2009   maio 2009   julho 2009   outubro 2009   janeiro 2010  

This page is powered by Blogger. Isn't yours?