Outro Tempo

Porque às vezes mais não é suficiente

quinta-feira, novembro 29, 2007

 
e)

Do capítulo da ausência
Dos rastos mudos
Da mudez capital como as penas
Finais
Absolutas

No não poder dizer
Ou dizer a equivocada linha
Silenciar uma voz
Que não há
Que se foi porque tinha de ir
Já não servia
Já não dizia o sentido do ser

Do capítulo da constância
Espassa-se o uso
Pena-se saudades
Da diária letra
A amizade sem mão dada
Aqui
Onde é fundamental dá-la
Mesmo que a negue o tacto
A distância eléctrica
O zero e o um

Do capitulo do retorno
Será que houve ir?
Permaneceu o monte da letra
Escrita permanente
Queria voltar?
Será que saí?

Sabia de uma solidão menor
Se o mundo tremesse lá fora
Dos frios habituais

Do capitulo dela
Quem sabe do destino
Profeta apóstolo ou outro
Sabe que ele não está nas cartas
Mas como se jogam
Ou como se escrevem

Ler a entrelinha
Ouvir a pausa

O sol de Inverno perfura a nuvem
O frio costurado em mechas
Só ligeiramente quentes
Intensamente doces

Comments:
da ausência.


feita agora renda!



bom saber que "existes"....


assim.

céu aberto.



(gosto.te)



bjj.


(casto)

:)

claro.



imf.
 
da ausência. doce.




bjj.
 
Capítulos de ausência talvez existam para nos fazerem encontrar outras inspirações e novas leituras, Filosofia(s)!

...
(digo eu... mas também pode ser: que sei, eu?)

ausência
constância
retorno
solidão
capítulo(s)
Invernos

e entrelinhas...
Tudo nos chega para nos ensinar a ler coisas novas, a ver diferente e de outros jeitos. O Mundo. O(s) Outro(s).

(digo eu, mais uma vez... mas... que sei, eu?)
 
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