TWO
O mistério dos três bloguesinhos de Fátima
Quando fiz o Outro Tempo, a ideia era fugir ao Mais Tempo, com os seus textos standard de três paragrafos, intercalando poema e prosa, sem música e sem a fotografia, que, graças ao móvel, comecei recentemente a tirar. A ideia era também, fazer um arqueologia do Mais, daí os interlúdios românticos, vendo, numa relação que durava à ano e meio, o que ficara, o que desaparecera, o que seria relembrado, misturado o quotidiano e o ( mau ) humor. Seguem os primeiros textos destes blogues.
12 de Junlho de 2005
Mais Tempo
É o que hoje me apetece. Sendo um começo, parece um pedido humilde de continuação. Não é; é a constatação obvia de que ele existe; para lá das medidas; para lá das visões; para lá. E é para lá que vamos, para esse tempo maior do futuro de todos. Porquê mais tempo, então, para começar? Sinceramente, porque me apetece.
5 de Fevereiro de 2007
1º.
Quando comecei o Mais Tempo, a net era para mim uma novidade recente, a blogosfera uma novidade absoluta. Comecei a ver e fazer ao mesmo tempo. Aprendi. E uma das coisas que aprendi foi que a dimensão da mensagem importa. Eu tenho, e dá-me a impressão que muitos bloguers tem, preferência por coisas curtas, imediatas; não forçosamente vagas ou ocas, mas que sejam rapidamente consumíveis. Isto não invalida uma segunda, terceira, quarta leituras, mas o post tem de ser rápido a dizer o que tem para dizer. Estruturei o Mais Tempo assim, em velocidade.
Coisas há, porém, que me levam mais tempo, ou, neste caso, outro tempo. Coisas que eu acho que precisam de mais tempo de antena, mais exposição; há também coisas mais longas, mais elaboradas, que me apetece agora fazer. A imagem. Talvez o som. Tenho projectos que precisam de espaço e cor. Assim, funda-se aqui este Outro Tempo, pensando mais em amplitude, em diversidade, em cruzamento. Pensando mais.
Porquê agora o Tempus?
Bem, Sinceramente, porque me apetece, e porque o Outro Tempo está a ficar muito pouco “integral” e a pensar de menos. A fotografia entrelaçada ao verbo, é para o que servirá o Tempus; o Mais Tempo ficará como sempre esteve; o Outro Tempo vai ficar como ligação / opção entre os outros dois. Assim, senhores, explica-se o mistério. A Fátima, essa, é uma amiga. E não é Maria, vejam lá!
Adenda