Outro Tempo

Porque às vezes mais não é suficiente

segunda-feira, março 31, 2008

 












III
( em Latim )

Uma trepidação obscura
Porquanto epidérmica
A sombra da tua mágoa
Transpõe

Pode ser qualquer mágoa
Ou qualquer sombra
Mas é concreta sombra
E definitiva mágoa

( atribuo-ta
porque o teu nome é agora mágoa
dois-me menos magoada? )

Um pináculo de equilíbrio
Vê de ti o olhar baço
De distância e ignorância
O meu olhar de equilíbrio

E sei que não faço ideia
Mas faço uma ideia
A ideia fixada por ti
Quando te fixava nos olhos

( atribuo
ao tempo que me rege
o dever de fixar lugares )

Temo a pele que largo
Eu a serpe descascada
Mas como sempre a cauda
Desbocado e eterno

( vi num portão
na irónica R. de S. Pedro
com o meu céu na mão )

A pele que largo
Porque me fiz maior
Maiores os meus medos
E o saber lida-los

A música abafa
A pressentida alma
E verdadeiramente deixei de querer
Saber

Agora, só mesmo sentir
Na lisura da epiderme nova
Os novos e concretos medos
E os novos e suaves dias

Adenda

Foto gamada em "filhodalua"


Comments:
diz-me....




.


que se passa?

.


:)


.

para lá do intertexto o teu texto é um anel..


que apetece roubar.
 
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