Uma trepidação obscura
Porquanto epidérmica
A sombra da tua mágoa
Transpõe
Pode ser qualquer mágoa
Ou qualquer sombra
Mas é concreta sombra
E definitiva mágoa
( atribuo-ta
porque o teu nome é agora mágoa
dois-me menos magoada? )
Um pináculo de equilíbrio
Vê de ti o olhar baço
De distância e ignorância
O meu olhar de equilíbrio
E sei que não faço ideia
Mas faço uma ideia
A ideia fixada por ti
Quando te fixava nos olhos
( atribuo
ao tempo que me rege
o dever de fixar lugares )
Temo a pele que largo
Eu a serpe descascada
Mas como sempre a cauda
Desbocado e eterno
( vi num portão
na irónica R. de S. Pedro
com o meu céu na mão )
A pele que largo
Porque me fiz maior
Maiores os meus medos
E o saber lida-los
A música abafa
A pressentida alma
E verdadeiramente deixei de querer
Saber
Agora, só mesmo sentir
Na lisura da epiderme nova
Os novos e concretos medos
E os novos e suaves dias
Foto gamada em "filhodalua"
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